
“É hora de os oceanos tomarem o palco principal na agenda global do clima”. A reflexão foi feita por Fernando Borensztein, diretor de Novos Negócios e Sustentabilidade e representante da OceanPact durante a 27ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP). “Os oceanos são grandes aliados na mitigação do aquecimento global, no entanto, são os mais afetados pela crise climática”, destaca Borensztein
Realizada em Sharm El Sheikh, no Egito, do dia 6 ao dia 18 de novembro, a COP27 reuniu chefes de estado, empresas e representantes da academia e do terceiro setor para discussões sobre mudanças climáticas.
Esta edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima estabeleceu, como principal avanço, a criação de um fundo “Perdas e Danos”. Destinado a países subdesenvolvidos e com elevada vulnerabilidade às mudanças no clima, o fundo de reparação prevê que as nações que são as maiores responsáveis pela crise do clima arquem com custos envolvidos nos prejuízos causados por eventos climáticos extremos.
Essencial no enfrentamento à crise do clima, a transição energética recebeu destaque nas discussões da cúpula global. As atenções também estavam direcionadas às metas, ainda tímidas, assumidas pelas nações como compromisso para limitar o aquecimento global a 1,5º C, conforme definido no Acordo de Paris, em 2015.
Pela primeira vez, a COP dedicou espaço para o debate sobre os oceanos. O Ocean Pavilion apresentou programação dedicada à relação entre os oceanos e o aquecimento global. Responsáveis pela produção de mais de 70% do oxigênio do planeta, os oceanos absorvem cerca de 90% do calor do aquecimento global.
“Definitivamente, não será possível avançar na agenda climática sem garantir a proteção dos oceanos, e sua capacidade de exercer suas funções reguladoras”, alertou Borensztein.
O diretor de Novos Negócios e Sustentabilidade da OceanPact participou de discussões sobre geração de energia renovável no mar, mercado de carbono e as oportunidades que o desafio da descarbonização do setor marítimo traz para o desenvolvimento de uma nova Economia Azul, com inovação tecnológica e cooperação internacional.