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Flavio Andrade fala de sustentabilidade, poluição e energia na abertura do 13º Seminário sobre Meio Ambiente Marinho e Eficiência Energética da Sobena

O 13º Seminário sobre Meio Ambiente Marinho e Eficiência Energética foi realizado nos dias 17 e 18 de novembro pela Sociedade Brasileira de Engenharia Naval – Sobena e contou com a participação de importantes nomes dos setores naval, offshore e de meio ambiente. O evento atingiu a expectativa da Sobena de multiplicar boas ideias e oportunidades, contribuindo para soluções nos campos econômico, ambiental e social.

O presidente da OceanPact, Flavio Andrade fez a palestra de abertura do seminário, que aconteceu de forma on-line e também presencial no Auditório da Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro. A mesa foi composta pelo Vice-Almirante Alexandre Cursino de Oliveira, Diretor de Portos e Costas, o engenheiro Luis Carlos Barradas, Vice-Presidente da Sobena, e seu Presidente, Ricardo Portela.

“Há dois anos, fiz uma apresentação aqui na Sobena sobre eficiência energética e fico contente em estar aqui de novo fazendo a abertura desse importante seminário. Hoje, a sustentabilidade é uma necessidade e ao mesmo tempo um motor para os negócios. Isso não é uma contradição. A busca por eficiência energética é a busca por inovação e por um mundo que suporte esse desenvolvimento”, disse Flavio Andrade na abertura de sua palestra. Em seguida, ele pontuou que foi surpreendente o desenvolvimento da tecnologia para mitigar e minimizar impactos causados pelo derramamento de óleo, principalmente depois de 2010 e do blow out ocorrido no Golfo do México. “Mas a eficiência final dessas ações continua muito baixa e fica claro que o esforço tem que estar focado em não derramar. O combate à poluição por óleo no mar está evoluindo e existem técnicas de coleta muito boas. Mas para outros tipos de poluição o problema é pior, por ser mais difícil de notar que está acontecendo. Por isso precisamos de inovação para proteger o ambiente marinho”.

Outro ponto destacado pelo CEO da OceanPact foi a busca pela eficiência energética, num momento em que os combustíveis fósseis e suas emissões estão causando aquecimento e acidificação dos oceanos. “Sabemos que é preciso desenvolver novos combustíveis e sistemas para o transporte marítimo – que movimenta 80% de todas as cargas do mundo. Estamos estudando amônia, hidrogênio e baterias, só que tudo isso tem que melhorar, porque o combustível fóssil é muito eficiente. Aí entra a engenharia naval. Precisamos melhorar tudo para atingir o resultado necessário. Enquanto não tivermos uma bala de prata, não poderemos parar com a otimização de cada pedacinho do nosso caminho”, alertou.

Flavio Andrade fechou sua palestra afirmando que a construção e o reparo naval, o transporte marítimo, a pesca e a produção offshore de óleo e gás são os rebocadores da economia dos mares. E finalizou: “O futuro vai ter que agregar outros setores, como a biotecnologia, a aquicultura, o turismo e as energias renováveis, sendo necessário um mapeamento costeiro que funcione. A sustentabilidade exige que a gente saiba integrar todas essas ações ao mesmo tempo”.