
No dia 26 de janeiro, o Instituto Mar Urbano lançou o vídeo “PlastiTox: Abordagem Multi-Integrada para Avaliação da Toxicidade de Poluentes Plásticos para a Biota e os Serviços Ecossistêmicos Costeiros”, fruto de uma parceria com a UNIRIO e a OceanPact para registro de uma pesquisa científica inédita sobre a concentração de microplástico na água e em espécies marinhas da costa do Rio de Janeiro.
O filme PlastiTox foi lançado em evento online, ao vivo, pelo canal de Youtube do Instituto Mar Urbano – IMU, e contou com a participação dos pesquisadores da UNIRIO, do diretor do IMU, Ricardo Gomes, e do Diretor de Sustentabilidade da OceanPact, Fernando Borensztein. Na sequência, o audiovisual passou a ser divulgado pelas plataformas sociais das três instituições.
Por três dias, a expedição documentada no filme PlastiTox coletou amostras entre a Baía da Guanabara e as Ilhas Tijucas, na Barra da Tijuca. Todo o projeto contou com o apoio da OceanPact, que disponibilizou uma embarcação tripulada para ajudar na pesquisa e realização do minidocumentário.
De acordo com a bióloga marinha e coordenadora da pesquisa, Raquel Neves, o objetivo do trabalho apresentado no vídeo Plastitox foi entender qual o nível de contaminação e de concentração do microplástico na costa do Rio de Janeiro. “Num segundo momento, tentamos encontrá-lo também nos organismos, a começar pelos invertebrados, de forma a entender essa transferência e o acúmulo de plástico na cadeia alimentar marinha. Trabalhamos principalmente com ouriços e com mexilhões, que já são conhecidos como bioindicadores de outros poluentes”, explica.
A pesquisa também abordou aspectos relacionados à saúde dos organismos vivos. Uma rede especial foi utilizada para filtrar as partículas na água, entre elas o microplástico, cujos fragmentos já foram encontrados em vias respiratórias humanas. “Apesar de o plástico estar completamente disperso no ambiente, a gente não sabe ao certo o que ele pode causar, nem para nós, nem para organismos aquáticos. O melhor caminho é o da conscientização e da educação ambiental”, conclui a bióloga Ágatha Morais.