
A Firjan e a OceanPact realizaram no dia 19 de abril o segundo de três eventos, com foco em transição energética no ecossistema marítimo. Com a presença de especialistas, o encontro teve como tema “Soluções para a Descarbonização dos Oceanos” e apresentou programas, desafios e oportunidades no processo em curso de diferentes segmentos da indústria. O debate foi mediado por Heber Bispo, Coordenador de Cadeias Produtivas em Petróleo, Gás e Naval da Firjan, e Fernando Borensztein, Diretor de Novos Negócios e Sustentabilidade da OceanPact. Participaram os especialistas Diogo Sandy, Gerente de Segurança e Sustentabilidade da Equinor; Izabel Ramos, Gerente de Mercados de Carbono na Petrobras; e, remotamente, Rafael Thome, Diretor Geral Brasil e América Latina da Maersk; e ainda Ricardo de Luca, Diretor de Energia e Renováveis do Porto do Açu.
Ao iniciar o debate, Fernando Borensztein agradeceu em nome da OceanPact a parceria com a Firjan para a realização e curadoria conjunta dos eventos. Em seguida, passou a palavra a Izabel Ramos, que apresentou a trajetória de descarbonização da Petrobras, suas metas, visões e métricas operacionais. “Dos 10 compromissos de sustentabilidade, 6 são climáticos. Temos a meta de reduzir em 25% as emissões absolutas até 2025; reduzir em 32% a intensidade de emissões do segmento de upstream; e em 30% no segmento de refino”, revelou Izabel. Diogo Sandy reiterou a relevância do tema, destacando que as empresas estão convergindo para o mesmo ponto – a Equinor está se adequando à nova realidade do ambiente de baixo carbono, com metas ousadas para a redução das emissões, objetivando o net zero, também em 2050 –, e mencionou Charles Darwin ao falar que aqueles que se adaptarem melhor às mudanças serão os que vão sobreviver a elas.

Rafael Thome deu seguimento ao debate relatando as soluções combinadas que a Maersk, empresa dinamarquesa de navegação, realiza a caminho da transição para uma economia mais verde. Já sobre o processo de descarbonização do Porto do Açu, Ricardo de Luca disse que hoje o terminal portuário é um playground de transição energética: “Atuamos em várias frentes, como eólica offshore e energia solar, e acabamos de fazer um estudo de viabilidade de uma planta de hidrogênio verde. Mas nosso foco está em achar uma solução para descarbonizar os navios que trafegam por nossos terminais, testando amônia e hidrogênio como alternativas.”.
Fernando Borensztein também listou algumas medidas estudadas pela OceanPact, como a hibridização de embarcações e a roteirização inteligente para a redução do consumo de combustível. “Estamos em uma indústria que nos coloca muitos desafios, mas a inovação está nos ajudando a encará-los de frente”, concluiu. O terceiro e último encontro da série vai discutir “O papel da inovação na transição energética offshore”, e também será em formato híbrido (presencial e on-line), no dia 12 de maio, das 17h às 19h, na Casa Firjan. Para assistir à gravação,
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